Deleito-me em fazer a tua vontade, ó Deus meu; sim, a tua lei está dentro do meu coração.
Salmo 40.8
A Palavra de Deus adverte-nos de que nem todos de Israel são israelitas (Rm 9.6).
Não basta uma pessoa estar sempre na igreja, cantar os hinos, orar da
forma como os cristãos oram e demonstrar os demais gestos dos que amam o
Senhor. Se ela não faz a obra divina com muito prazer, é sinal de que
ainda não se converteu. O homem só se satisfaz em cumprir a vontade do
Pai se tiver, de fato, a Palavra dentro do coração. Do contrário, ele
pode até tentar, mas lhe faltará a alegria.
Ao ouvir o Evangelho pela primeira vez, o homem sabe que a Palavra é a
Verdade. Ela mesma lhe mostra Sua importância. O pecador sente no
coração que está perdido e, então, a decisão que tomar norteará a sua vida
para sempre. Os que querem somente escapar da condenação eterna
deixam-se enganar, imaginando que, se apenas confessarem Jesus com a
boca, serão salvos. Eles não sabem que é preciso mais do que isso: crer
de coração (Rm 10.10).
Quando somos salvos, o nosso espírito é recriado e, além de nos
tornarmos filhos de Deus, passamos a ser membros do Corpo de Cristo e a
fazer parte do plano divino. Então, falar do amor de Deus, cumprir os
mandamentos e realizar o que nos é ordenado pelo Senhor nos dá prazer.
Por conseguinte, a causa do Altíssimo passa a ser nossa e, desse modo, o
Reino de Deus torna-se prioridade máxima para nós.
No entanto, quem não provou o novo nascimento não consegue sentir o
que sentimos. Em uma comparação grotesca, podemos dizer que a pessoa em
quem a salvação não se realizou é como um feto abortado. Se ele tivesse
vingado, experimentaria as mesmas coisas que temos experimentado; mas,
como não nasceu, jamais saberá do que os vivos desfrutam. Seguindo a
comparação, podemos dizer que há muitos “fetos” espirituais perambulando
na obra de Deus.
O segredo é ter a lei de Deus impressa no coração para que se possa
sentir um deleite tremendo em cumprir a vontade do Senhor. Sem nascer de
novo, o “cristão” jamais experimentará o prazer de ser dizimista, falar
do amor divino aos perdidos, expulsar demônios e ver os pecadores
rendendo-se ao Pai. Para essa pessoa, o que interessa é que a igreja
dela seja a maior, a mais bem falada, que tudo de bom lhe ocorra, e que
os pecadores, se tiverem juízo, façam parte do grupo dela.
Podemos comparar esse tipo de pessoa ao cego que Jesus curou. Após o
primeiro toque, ele via os homens como árvores. Ao receber o segundo
toque, ele os via distintamente (Mc 8.22-25). O sinal de que você, de fato, é salvo se dá, portanto, pelo que se passa em seu coração ao fazer a vontade divina.
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