Antes de termos ouvido a Palavra de Deus, vivíamos na carne – no natural. Não tínhamos nenhuma noção do que ela significava para nós. No entanto, ao escutá-la, o Senhor nos abriu o entendimento, e aceitamos a luz (Sl 119.105); com isso, nascemos de novo e fomos transportados para o Reino do Filho do Seu amor (Cl 1.13). Sendo salvos por Jesus e batizados no Espírito Santo, tornamo-nos novas criaturas (2 Co 5.17).
Agora, conhecendo o Senhor e sendo por Ele conhecidos (Gl 4.9), temos de viver no Espírito. Porém, se não prestarmos atenção, o nosso velho homem cheio de enganos e malícia voltará a nos dirigir (Ef 4.22). Muitas pessoas, apesar de terem sido genuinamente salvas, hoje, encontram-se dominadas pelos mesmos sentimentos anteriores à conversão. Com isso, perdem o melhor que a fé em Jesus pode oferecer a elas.
Como representantes do Reino de Deus, temos a missão de realizar a mesma obra que Jesus ensinou e praticou; isso não é opcional. O Mestre foi claro ao dizer que, no último Dia, prestaremos contas do que fizemos ou deixamos de fazer com os talentos confiados a nós (Mt 25.14-30). Os bons negociadores dessas “bolsas de ouro” serão recompensados.
Não há um filho do Altíssimo com outra missão, além de executar os mesmos feitos de Jesus em Seus dias aqui na Terra. O Ide de Cristo diz respeito a todo aquele aceito como Seu discípulo (Mc 16.15). Todos devem permanecer na Palavra do Senhor e, assim, serão Seus discípulos; com isso, conhecerão a verdade, e ela os libertará (Jo 8.32). Lute para conservar-se na Palavra dada por Ele.
Antes, tínhamos as paixões que davam fruto para a morte; agora, a fé que opera em nossos membros fornece fruto para a vida. Quem ainda está nas paixões investe o necessário para satisfazer o espírito imundo que o domina. Como salvos, somos libertos de todo o poder infernal. O Espírito Santo habita na pessoa que nasceu de novo e, por isso, ela tem condições de produzir os frutos da justiça que glorificam o Senhor.
Só podemos afirmar que amamos a Deus se frutificarmos abundantemente como Jesus falou (Jo 15.8). Ora, a Palavra nos dá condições de sermos frutíferos. O Senhor diz que nos purificou na fornalha da aflição, diferente do que se faz com a prata colocada no fogo para sair toda a escória (Is 48.10); porém, isso o sangue de Jesus já fez por nós (1 Jo 1.7). Por termos sido purificados na fornalha, estamos preparados para executarmos a obra divina.
Um dia, responderemos pelo que fizemos com os ensinamentos do Altíssimo. Suas palavras são como sacolas de ouro postas em nossas mãos, para que ganhemos quantidade igual. Quem guardar o que receber e não ganhar nada para o Reino dos Céus será lançado nas trevas exteriores, onde haverá choro e ranger de dentes para sempre (Mt 25.30).
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